Embora esta atividade pareça simples aos olhos de muitos, a compra e a gestão dos equipamentos de proteção individual exigem conhecimento técnico, organização e tempo, pois estamos tratando de um dos mais importantes aspectos de Saúde e Segurança do Trabalho dentro das empresas.
A partir de algumas pesquisas realizadas pelas nossas plataformas, chegamos a conclusão de que na maioria das empresas, a compra do EPI pode representar quase 70% dos investimentos em SST. Seguindo a mesma linha de raciocínio, se os gastos com EPI podem representar uma boa parcela com gastos, não dedicar atenção a uma compra técnica, registro de entrega e controle da periodicidade de troca, podem provocar gastos ainda maiores como a perda de eficiência e grande probabilidade de reclamatórias trabalhistas.
Portanto, nesse artigo vamos trazer reflexões sobre como você pode melhorar sua gestão e a compra de EPI’s, além de se preparar para as mudanças que estão por vir em função da “Nova NR1” GRO - Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
Comprar EPI
Representa um dos maiores desafios para profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, sendo também uma dificuldade para aqueles que não têm familiaridade com a compra de EPI, como profissionais de recursos humanos, departamento pessoal, proprietários de empresas e até mesmo compradores experientes. Isso ocorre porque a compra de EPI exige um conhecimento técnico mínimo, pois o uso do mesmo é determinado pela legislação trabalhista e previdenciária “NR 6 Item 6.5.1”.
Como comprar EPI com maior segurança
Tenha um “book de EPI”: um documento onde seja possível descrever todos aqueles EPI’s que atendem às exigências da legislação recomendados pelo profissional habilitado em Segurança do Trabalho ou consultoria em SST. As exigências legais estão no PPRA, (enquanto o GRO não entra em vigor).
OBS: É fundamental que você homologue mais de um modelo ou fabricante de EPI.
Existem muitos fornecedores de EPI. Por isso, dicas de como escolher um fornecedor confiável são recorrentes nos nossos artigos! A importância está no fato de saber se o distribuidor de EPI tem um estoque robusto, variedade, condições de atender rapidamente a sua necessidade e, sobretudo, se o fornecedor possui uma equipe técnica capaz de orientar suas compras.
Seguindo essas dicas você ganhará mais eficiência, segurança jurídica e ainda vai economizar.
Registro de Entrega de EPI
A deficiência no registro de entrega de EPI’s aos colaboradores é um dos maiores problemas que a nossa equipe diagnosticou dialogando com profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho em empresas de diversos segmentos. Mesmo que a legislação trabalhista permita que o registro de entrega de EPI para o trabalhador seja feito em livros, fichas ou sistema eletrônico de entrega de EPI, conforme item 6.6.1 h. da NR 6, esse controle exige atenção e muito cuidado, pois pode levar a multas e penalidades. Por este motivo, vamos compartilhar algumas dicas sobre como resguardar a sua empresa:
Mesmo que você registre a entrega do EPI para o colaborador, é indispensável que o mesmo assine-a no ato da retirada do EPI, pois se for postergado, a assinatura pode cair no esquecimento e, em uma circunstância de auditoria de fiscalização, aposentadoria ou até mesmo reclamatória trabalhista, o preenchimento incompleto pode provocar problemas sérios, como por exemplo não ser possível preencher o PPP - documento obrigatório para que o trabalhador requeira sua aposentadoria.
Um controle de assinatura dos colaboradores mais eficiente exige adotar medidas que vão além da ficha de registro de entrega. Portanto, recomendamos a utilização de uma planilha com configurações mínimas onde você possa controlar quais trabalhadores que, ao receber o EPI, assinaram ou não a ficha de entrega. Mas isso exigiria trabalho em dobro.
Por esse motivo, nossa recomendação master é a implementação de um sistema de gestão e controle de entrega de EPI para automatizar todos os processos, digitalizar todas as fichas de EPI, ter a opção de assinatura por senha, leitor de QR Code ou biometria e, principalmente, fornecer alertas sempre que o colaborador receber um EPI e precisar assinar a ficha. Além disso, nosso sistema de gestão e controle de entrega de EPI também possui alertas para a substituição de EPI. Conheça o BuscaEPI Control aqui.
Troca de EPI
Pense na seguinte hipótese: um fabricante desenvolveu um produto e determinou, com base em cartilhas técnicas, que ele tem um tempo de vida útil determinado pelo perfil do utilizador. Quando o consumidor subentende que não lhe serve mais, ele simplesmente o descarta. Porém, quando nos referimos a um respirador PFF2 ou um protetor auditivo plug, por exemplo, estamos tratando de um dispositivo desenvolvido e escolhido por um especialista para a proteção da saúde e integridade física do colaborador. Com base nisso, ressaltamos que a obrigatoriedade não se limita somente em comprar, registrar e fornecer o EPI: é indispensável substituir o mesmo quando ele perde a sua capacidade de proteção. Como saber disso? Sim, é difícil controlar, sobretudo quando você não tem familiaridade com a legislação trabalhista e previdenciária.
Por isso salientamos o quão importante é contar com uma ferramenta eletrônica como um sistema de EPI para auxiliá-lo nessa jornada. Dessa forma, você ganhará mais eficiência, amparo jurídico e reduzirá seus gastos, pois saberá quando, por quem e o quanto está sendo consumido de EPI na sua empresa. Conheça nosso sistema de gestão de EPI aqui.
Esperamos que este artigo tenha te auxiliado a iniciar as melhorias na gestão e compra de EPI!