O transporte rodoviário de cargas é por si só desafiador, porém, quando pensamos nos riscos, é comum que nos leve a acreditar que o pior se limita apenas a acidentes entre motoristas no exercício de suas atividades de direção, mas vamos te convidar a analisar por um outro ponto de vista.
O que torna as atividades de uma empresa de transporte de cargas ainda mais perigosas e que a maioria das pessoas não sabe, são agravantes como o transporte de cargas perigosas, manutenção dos veículos ou algum reparo emergencial fora de uma oficina, por exemplo. Outros como o acesso a um local periculoso ou insalubre ou até mesmo, as atividades de descarregamento de cargas quando o próprio motorista está envolvido no processo, o que é muito comum embora não recomendado.
Ainda existem dois fatores agravantes que são o fato de que a maioria destas empresas não possui um núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho “SESMT” e sobretudo pelo fato de que seus motoristas estão sempre em deslocamento. Todos estes fatores tornam esta atividade ainda mais perigosa e naturalmente exige maior atenção dos empregadores.
Empresas de transporte via regra são prestadores de serviços e por este motivo acumulam além dos riscos inerentes à suas atividades originais, aqueles que são oriundos dos locais onde seus colaboradores neste caso motoristas, transitam, portanto, é necessário criar um planejamento mínimo de Saúde e Segurança e que claro envolve a Gestão de EPI.
Para um melhor entendimento sobre os riscos nestas atividades, mas principalmente como proteger a integridade dos trabalhadores, ter respaldo jurídico e aumentar a produtividade das empresas, vamos deixar algumas dicas:
1º : Fundamental solicitar ao seu contratante, um mapa de riscos que descreva de maneira clara, quais são os agentes nocivos à saúde dos profissionais que frequentam a planta.
2º : A matriz de EPI ou Book de EPI como também é conhecida, tem o propósito de determinar quais EPI’s são apropriados para proteção dos riscos mapeados pelo departamento de Segurança do Trabalho.
3º : O monitoramento do atendimento a legislação de Saúde e Segurança do Trabalho precisa ser realizado com frequência principalmente quando os profissionais se deslocam por locais com atmosferas insalubres e que oferecem riscos ao trabalhador, principalmente no que diz respeito ao uso do EPI e Exames Ocupacionais regulares já que, em algumas plantas industriais e ao transportar alguns produtos, existe a exposição do trabalhador mesmo que por um curto período de tempo, a agentes nocivos à Saúde.
4º : Lembre-se de que a justiça trabalhista entende que tanto quem toma os serviços quanto quem os presta, tem responsabilidade solidária, portanto, tem de estar alinhado em relação aos riscos e as medidas de controle.
5º : A gestão de EPI é algo fundamental, pois além de não ter a certeza absoluta de que o profissional que não está sobre sua vigília usa o EPI, a empresa precisa ao menos fazer um controle sistemático do RECEBIMENTO, TREINAMENTO, USO E SUBSTITUIÇÃO dos mesmos.
A seguir deixamos uma dica sobre uma ferramenta que pode auxiliar na Gestão de EPI dos motoristas mesmo de forma remota, o BuscaEPI Control.
Embora para a grande maioria dos profissionais envolvidos com transportes de cargas seja relativamente difícil promover o gerenciamento eficaz da saúde e da integridade física dos trabalhadores pelas dificuldades impostas pelo deslocamento destes profissionais que em sua maioria são motoristas ou ajudantes dos mesmos, existem ferramentas com investimento modesto que podem auxiliar.
Ainda assim, o elemento mais importante de uma ótima gestão de SST para empresas de transporte de cargas, é o comprometimento dos envolvidos como RH, Líderes, SESMT, contratantes e sobretudo, dos próprios motoristas.
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